sábado, 13 de outubro de 2007

Chove


Chove
das núvens pardas
do céu cinzento
caem bátegas gradas
no chão lamacento
chove
e o forte vento
em perpétuo movimento
transporta o frio
arrefece minha alma viúva
chove
alma de negro trajada
morte momentânea de sentimentos
cansada pela primavera adiada
fonte de tantos sofrimentos
chove
a chuva precipita-se incansavelmente
há enxurradas, cataclismo
minha alma inquieta-se de repente
acordo da letargia e cismo.

JRocha

Nenhum comentário: